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Alcoolismo

Até que ponto o consumo de [álcool pode ser considerado “social”? Quando ele se torna um problema?


Quais os sintomas do alcoolismo?

A dependência de álcool é uma doença crônica definida pelo CID-10, da Organização mundial da Saúde (OMS), como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de álcool, tipicamente associado aos seguintes sintomas: forte desejo de beber, dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado), uso continuado apesar das consequências negativas, maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras atividades e obrigações, aumento da tolerância (necessidade de doses maiores para atingir o mesmo efeito ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância) e, por vezes um estado de abstinência física (sintomas como sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool).


Quais suas consequências?

O alcoolismo implica no aumento do risco de várias complicações de saúde, como doenças do fígado, problemas gastrointestinais, pancreatite, neuropatias periféricas, problemas cardiovasculares, prejuízos cerebrais e imunológicos, anemias, osteoporose e câncer. Para algumas pessoas, de acordo com a idade, gênero e aspectos individuais de saúde, consumo pesado e continuado de bebidas alcóolicas por muitos anos, mesmo que não seja diagnosticado como alcoolismo, pode estar relacionado às doenças mencionadas.


Qual é o limite do uso da bebida alcóolica? Quando isso se torna doença?

De acordo com a OMS, não existe um nível seguro para o uso de bebidas alcóolicas, visto que mesmo pequenas doses podem estar associadas a problemas de saúde, especialmente se a pessoa consome mais de 20g de álcool puro por dia ou se nãi deixar de beber pelo menos dois dias na semana. Nas situações em que álcool influenciar negativamente a saúde física, a rotina ou as relações pessoais, é recomendável procurar ajuda de profissionais da saúde.


Existe, de fato, um fator hereditário, uma predisposição ao alcoolismo?

Diversos fatores influenciam o desenvolvimento do alcoolismo – idade, estrutura física, estado de saúde, padrões de consumo – e a herança genética também é um deles. A influência dos genes no padrão de consumo de álcool aparece como um efeito genético poligênico (que depende de mais de um gene), principalmente porque a quantidade de álcool consumida e os efeitos farmacológicos são, por si só, sujeitos a influências genéticas.


Como se dá o tratamento? Há uma “cura”?

No senso comum, “cura” significa “ausência de doença”. O alcoolismo é uma doença crônica, como asma, hipertensão artéria ou diabetes. E, assim como nessas doenças, os sintomas da dependência podem voltar ao longo da vida, por meio de lapsos e de recaídas. Quando o paciente é diagnosticado com dependência, o sucesso do tratamento, que varia com a progressão e gravidade da doença, dependerá de acompanhamento médico. Apesar de não existir um tratamento que acabe com o alcoolismo de vez, o tratamento, quando é feito de maneira apropriada, proporciona melhora consistente à saúde, com ganhos importantes na qualidade de vida.


Como ajudar um dependente de álcool?

Não é simples, mas o primeiro passo é a compreensão, o apoio e a disposição de fazê-lo refletir e, junto com ele, encontrar um caminho. Família e amigos desempenham papel muito importante na identificação do problema e podem motivar o dependente a iniciar e permanecer em tratamento. O ideal é que a pessoa busque ajuda com um profissional da saúde especializado para obter orientações adequadas. É fundamental uma aproximação afetuosa, com respeito, sem acusar ou culpar a pessoa. Isso evita que ela crie barreiras e se negue a enfrentar a doença.

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